Fecha de Inicio:
01/01/2024
Objetivos
Em territórios como a raia ibérica, apesar de os recursos serem limitados, existe muito potencial para o desenvolvimento económico, social e cultural. O projeto FAR PAX pretende, através do património outrora militar da raia, criar uma estratégia de desenvolvimento que envolva inovação, preservação, sensibilização e capacitação, e que também melhore o turismo temático na região.
Assim, o projeto usa o património para aproximar dois povos que, no passado, foram inimigos e ajudar no desenvolvimento de territórios com poucas oportunidades.
O FAR PAX trabalha com as comunidades locais, ajudando na formação de profissionais. Também envolve turistas e cuida da preservação do Património Cultural. Entre as suas ações destacam iniciativas como a modernização dos sistemas de monitorização das fortalezas, a integração de novas tecnologias nos espaços museológicos, a realização de ações de conservação e restauro com a participação das comunidades locais, e a oferta de formação para profissionais das áreas de Património Cultural e Turismo, incentivando a participação das comunidades.
O projeto baseia-se em projetos anteriores entre os municípios de Portugal e Espanha e num projeto dos últimos 5 anos com os 3 municípios portugueses. O objetivo é continuar o trabalho feito e expandir para uma área maior, com crescimento sustentável. O turismo cultural e natural será importante para garantir que o projeto dure.
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As Fortalezas Abaluartadas da Raia são um exemplo de como se combinaram as técnicas de ataque e defesa, com conhecimentos de várias origens e o apoio das políticas Portuguesa e Espanhola. Hoje, elas representam uma fronteira de paz e mostram o esforço dos dois países em preservar o território e a soberania.
Estas fortificações enfrentam vários problemas, como o desgaste, a dificuldade de acesso, a necessidade de melhorar a explicação do património e a urgência de promover o turismo sustentável. O desgaste, as mudanças climáticas e a falta de manutenção tornam tudo mais difícil, e o acesso a estes locais é complicado devido a infraestruturas inadequadas, acesso restrito e falta de informação, o que dificulta a experiência dos visitantes. Encontrar um equilíbrio entre preservar a história das fortificações, torná-las interessantes para os visitantes e garantir que sejam usadas de forma sustentável precisa de um bom planeamento e estratégia. Também é preciso envolver todos os envolvidos e oferecer bons serviços aos visitantes.
É neste contexto que os municípios de Almeida, Ciudad Rodrigo, Marvão, Valença e Tui, entidades que conhecem bem aș necessidades locais, têm trabalhado em conjunto para conservar e valorizar este património único da paisagem militar de fronteira.
A estratégia, que visa garantir a sustentabilidade futura, tem como objetivo garantir a preservação dos edifícios, envolver a comunidade local e os profissionais para que aprendam mais sobre o património cultural, e, por fim, tornar esses lugares mais atrativos para o turismo, melhorando os caminhos já existentes ou criando novos para que as pessoas possam visitar as diferentes fortificações sozinhas ou com guia.
Actividades
As ações desta Operação de Importância Estratégica POCTEP (Operación de importancia estratégica) têm como objetivo:
– Reabilitar, conservar e infraestruturar este conjunto de fortalezas de forma a assegurar a sua efetiva proteção e valorização;
– Organizar, implementar e promover um programa de atividades e manifestações culturais imateriais que visam animar, preservar e qualificar o património identitário das fortalezas abaluartadas da raia;
– Desenvolver atividades de sensibilização, capacitação e participação das comunidades locais, nomeadamente através do incentivo ao dinamismo empresarial ligado à prestação de serviços culturais e de lazer associados às fortalezas e ao turismo sustentável.
– Alavancar o papel das fortalezas abaluartadas da raia ibérica como experiências turísticas de excelência em Almeida, Ciudad Rodrigo, Marvão, Valença e Tui.
Com aș atividades pretende-se obter os seguintes resultados:
– Estratégia Conjunta de Desenvolvimento baseada no Património Cultural das Fortalezas Abaluartadas da Raia – em Almeida, Ciudad Rodrigo, Marvão, Valença e Tui;
– Melhorias na Qualificação do património cultural integrado na Rota de Fortalezas Abaluartadas da Raia;
– Melhoria na inclusão e acessibilidade aos espaços e à programação cultural oferecida no âmbito do Projeto através das intervenções infraestruturais e da capacitação dos agentes locais;
– Promoção e facilitação da criação de hábitos culturais e preservação das memórias e práticas locais associadas às fortalezas abaluartadas.
O projeto foi delineado tendo em consideração uma intervenção estruturada em torno de cinco áreas de atuação alinhadas com o Quadro de Referência Europeu para ações no âmbito do património cultural, designadamente:
1) Coesão e Sustentabilidade, 2) Resiliência e Proteção, 3) Inovação e Capacitação, 4) Envolvimento e Participação; 5) Cooperação, Gestão Integrada e Coordenada.
Estas áreas foram consideradas na conceção, desenho e planeamento das atividades do projeto que incluem:
– o desenho e implementação de soluções, recorrendo às novas tecnologias, relativas à salvaguarda dos recursos patrimoniais integrados na rota das Fortalezas da Raia. Neste domínio faz sentido aproveitar os avanços tecnológicos e as ferramentas inovadoras para monitorizar o património cultural militar, como por exemplo a deteção remota, as tecnologias geoespaciais que podem ajudar a avaliar as alterações nos vários locais das fortalezas.
– A qualificação do património cultural integrado na Rota de Fortalezas Abaluartadas da Raia através de melhorias na experiência/vivência do património cultural de modo a criar oportunidades para que os visitantes se envolvam profundamente com os locais, os artefactos e as práticas culturais imateriais.
– A valorização através do restauro do património integrante na FAR. Esta atividade de valorização do património das FAR através do seu restauro será composta por duas ações: a recuperação do edificado associado às Fortalezas e a realização de Campos de Conservação & Restauro, que possibilitarão a participação do público alargado em intervenções de salvaguarda do património.
– A sensibilização, capacitação e participação das Comunidades Locais através da realização de uma ação de formação em cada um dos territórios, dirigida a profissionais locais dos sectores do Património Cultural e do Turismo, tendo em vista a sua sensibilização para a importância histórica e patrimonial das Fortalezas, bem como a sua capacitação técnica para a monitorização e manutenção dos bens patrimoniais.
– A cooperação e trabalho em rede transfronteiriça.
