• Um projeto de Cooperação Transfronteiriça cofinanciado pela União Europeia no âmbito do programa Interreg Espanha-Portugal (POCTEP 2021-2027)

 

No dia 10 de abril de 2025 teve lugar o Ato de Comunicação do projeto Camino Vertical, organizado pela Diputación de Badajoz, entidade beneficiária principal desta operação aprovada no âmbito do POCTEP 2021-2027. A iniciativa foi reconhecida como uma Operação de Importância Estratégica, distinção que o Programa concede a projetos que contribuem significativamente para a concretização dos seus objetivos e que, por esse motivo, estão sujeitos a medidas específicas de acompanhamento e comunicação.

O evento reuniu representantes institucionais que destacaram a relevância da cooperação cultural e turística entre Portugal e Espanha como ferramenta para o desenvolvimento regional, a coesão social e a preservação do património partilhado, incluindo a Comissão Europeia, a Autoridade de Gestão do Programa (Ministério da Fazenda, Governo de Espanha) e a Secretaria Conjunta do POCTEP, seguidos pelas intervenções da quase totalidade do consórcio do projeto. (VER AGENDA)

 

Esta estratégia reconhece a atividade turística como uma alavanca para o desenvolvimento sustentável do território, que pode contribuir para reverter o declínio demográfico.

 

O projeto é gerido liderado Área de Desenvolvimento Rural, Desafio Demográfico e Turismo da Diputación de Badajoz, sendo também beneficiária principal. Trata-se de um projeto de Cooperação Transfronteiriça cofinanciado pela União Europeia no âmbito do programa Interreg Espanha-Portugal (POCTEP 2021-2027). Conta com um orçamento aproximado de 2.613.000 euros, dos quais o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) financia 75% e a Diputación 25%.

 

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Delia Bonsignore, Programme Manager da Comissão Europeia, sublinhou o papel histórico do programa Interreg Espanha-Portugal na promoção da cooperação territorial ao longo dos últimos 35 anos, sobretudo nos domínios do turismo e da cultura, como motores da integração europeia, destacando que “a promoção das trocas culturais e da cooperação em matéria de turismo contribui para a promoção de valores comuns baseados na identidade europeia, como a tolerância, o respeito e a inclusividade.”

 

“São projetos como este, como um caminho vertical, que refletem os nossos objetivos a nível europeu.”

Bonsignore destacou ainda a continuidade entre o Caminho Vertical e projetos anteriores como o CAMINOS (2014–2020), salientando o seu potencial para impulsionar o crescimento económico e a inovação social nas zonas de fronteira: “São projetos como este, como um caminho vertical, que refletem os nossos objetivos a nível europeu: criar estratégias turísticas conjuntas e sustentáveis a longo prazo.”

Na mesma linha, Belén Muñoz, representante do Ministério da Fazenda e Função Pública de Espanha, entidade Autoridade de Gestão do POCTEP, apresentou dados relevantes sobre a participação espanhola no Interreg: mais de 3.200 entidades envolvidas entre 2014 e 2020, com um investimento superior a 800 milhões de euros. Reforçou também o valor do turismo como motor económico e social nas zonas transfronteiriças.

“Esta estratégia reconhece a atividade turística como uma alavanca para o desenvolvimento sustentável do território, que pode contribuir para reverter o declínio demográfico”, destacou.

Mencionou ainda vários projetos financiados pelo Interreg centrados em rotas culturais, património histórico, turismo sustentável e gastronomia, entre eles: NAPOCTEP, FORTOURS, INGENIOS DUERO-DOURO e IBERLOBO ON BIKE: “Através dos diferentes programas de cooperação procura-se financiar projetos que nos unem, que preservam a nossa herança cultural e mantêm a identidade e a história comum de ambos os países.”

 

Por sua vez, Elena de Miguel, diretora da Secretaria Conjunta do Programa POCTEP, enquadrou o projeto no âmbito do programa e recordou que o Interreg continua a ser o principal instrumento europeu para a cooperação territorial: “O objetivo do Interreg mantém-se atual: reduzir as disparidades regionais e reforçar a coesão territorial”, afirmou.

Salientou ainda que o POCTEP aborda múltiplos desafios para além do turismo, como alterações climáticas, educação, saúde, inovação, entre outros, com 144 projetos já em curso nesta convocatória, mobilizando mais de 427 milhões de euros.

“Os projetos estratégicos têm um enfoque especial para valorizar a cooperação realizada e divulgar os seus resultados”, lembrou, fazendo também um apelo à boa gestão dos recursos e à visibilidade dos projetos: “O que não se comunica, não existe… ou pelo menos parece que não existe. É essencial explicar à cidadania o que fazemos e porquê.

O objetivo do Interreg mantém-se atual: reduzir as disparidades regionais e reforçar a coesão territorial.